25/05/2012

Surrealismo pop com Mark Ryden

Estou tão apaixonada pelo trabalho de Mark Ryden que tenho que compartilhar isso aqui. Este pintor estado-unidense (como diz o Wikipédia) pode não ser muito conhecido para vocês, mas com certeza não é estranho aos seus olhos, pois ele já ilustrou capa de discos de artistas como Michael Jackson e Red Hot Chili Peppers, além de ilustrar a capa dos livros Desperation e The Regulators do Stephen King. Considerado o rei do surrealismo pop, Mark Ryden ganhou um livro, publicado pela editora Taschen e intitulado Pinxit – Mark Ryden, ele reúne seus trabalhos em um livro digno de colecionador. Pinxit é organizado pelos temas das principais exposições de Mark e custa em torno de MIL DÓLARES... (não, você não leu errado!). Confira algumas das obras dele:

   



A vontade que tenho é de estudar as obras de Ryden com vigor, entendendo suas satirizações com temas polêmicos, seu surrealismo e suas obras aterrorizantes que podem acabar com o sono de qualquer um depois de muito encarar, com crianças pintadas de modo fantasmagórico e ao mesmo tempo fofo. A palavra que talvez defina a obra dele para mim é agridoce. Eu gostaria de um quadro dele em minha casa, mas me contentaria com o livro, se não fosse tão caro. Visite o site oficial do artista - Mark Ryden .com e confira suas obras, seus rascunhos e fotos de suas exposições.

20/05/2012

Resenha: O espião que sabia demais

O espião que sabia demais, de John Le Carré
Páginas: 416
Editora: Círculo do Livro
Posso dizer que este livro foi um grande desafio para mim. Demorei semanas para terminá-lo e quebrei a regra de assistir ao filme depois de ler a obra. Quando estava quase chegando na metade do livro, resolvi assistir o filme, pois estava travada e não conseguia sair da mesma página. Ao assistir o filme (que é tão complexo quanto o livro) eu tive uma arrancada e comecei a ler mais rápido e foi ai que quase (sim! Quase.) formei uma opinião completa sobre isto. 

Este é o primeiro livro da Trilogia Karla, trazendo o espião afastado George Smiley. Smiley é convidado a investigar quem é a "toupeira" do serviço secreto britânico (conhecido como Circus). Simples assim (não é simples assim) e é sobre isso que o livro inteiro se trata: a investigação. Ou poderia ser, já que o autor nos traz muitas informações, tanto sobre o serviço secreto, quanto sobre os sentimentos e preocupações de cada personagem. George Smiley é ajudado por Peter Guillam que é outro espião de importância na estória.

Procurei outras resenhas do livro para saber se eu tinha sido a única a ter dificuldades com ele e descobri que não. A maioria se sentiu do mesmo jeito que eu me senti. Confusa. Do começo ao encaminhamento para o final, eu parei milhares de vezes para refletir. Assisti ao filme, protagonizado maravilhosamente por Gary Oldman, para ver se tinha alguma luz e fiquei mais confusa ainda, apesar de ter descoberto quem era a toupeira, isso não prejudicou em nada a minha leitura, pois a partir daí eu comecei a querer mesmo entender essa estória intrigante criada tão elaboradamente por John Le Carré.

As milhares de coisas que o autor joga no colo do leitor durante o livro inteiro, nos fazendo sentir burros e desentendidos, fazem sentido no final. Faz perfeito sentido. E eu que achava que chegaria aqui botando uns palavrões para falar mal do livro, venho dizer o quanto estou admirando John Le Carré, que com a sua inteligência, escreveu um livro sobre a realidade que viu diante de seus olhos. Acho que o grande defeito dessa obra é que o autor, querendo nos passar a verdade de maneira fictícia, tenha adicionado muitas informações que ele, bem inteirado do assunto, entendia como 2+2 e que para mim era mais do que uma equação de segundo grau. Eu posso estar errada, mas esta foi a minha impressão. Eu espero apenas que daqui uns anos, eu possa ler esse livro novamente e ter a oportunidade de vê-lo com outros olhos. Sendo que, quero deixar claro, aproveitei a leitura e aprendi muito com ela. Eu recomendo para quem aceita um desafio literário. Se você ler este livro, por favor me envie suas impressões sobre ele, pois seria ótimo. Ah... e não quebrem a regra que quebrei... assistam o filme depois de ler o livro, fará muito mais sentido.

06/05/2012

Resenha: Um Mundo Brilhante

Um Mundo Brilhante, de T. Greenwood
Páginas: 336
Editora: Novo Conceito
Acho que este é o livro mais humano e próximo a realidade que eu já li. Meus sentimentos mudaram durante todo o livro quanto a todos os personagens principais. Eu sei que este é um do tipo ame ou odeie, como percebi lendo várias resenhas dele. Por isso quando comecei a lê-lo eu não sabia muito bem o que esperar e foi bom eu não ter esperado nada, porque eu me surpreendi ao mesmo tempo que me decepcionei, mas não foi uma decepção ruim, foi boa, realmente boa, eu adorei a experiência de ler um livro com personagens reais, como eu já disse... HUMANOS. T. Greenwood construiu personagens baseados no verdadeiro ser humano. E isso é raro hoje em dia.

Em uma manhã como outra qualquer, Ben Bailey encontra um garoto navajo praticamente morto em frente a sua casa, o sangue estampado na neve fria. Poderia ser apenas mais um caso de morte de índios que não se dão bem com bebida alcoólica, mas este é diferente e Ben sabe disso. Bailey não consegue deixar de lado a história do navajo Ricky Begay e acaba se envolvendo amorosamente com a irmã dele, Shadi Begay. Mas Ben já é noivo de Sara, mesmo que o relacionamento deles não esteja bom, Sara o ama e ele tem carinho por ela, fazendo com que a situação fique difícil para Ben.

No meio da procura pelos verdadeiros responsáveis pela morte de Ricky, somos levados para a complicada vida de Ben, seu passado e seu presente. Apesar do que vi em praticamente todas as resenhas que eu li, eu não achei Sara uma pessoa irritante. A maioria tem se revoltado com a personagem e deram razão a Ben pela traição, mas eu acho que tudo neste livro tem uma explicação. Sara se tornou infeliz ao lado de Ben por causa dele mesmo e isso é mencionado no livro, ela sempre foi uma pessoa feliz, mas ele a decepcionou e ninguém é de ferro a ponto de aguentar isso certo? As pessoas se acostumaram com as heroínas que aguentam as decepções dos seus amados.

Eu senti que esta é uma história que poderia ter acontecido com meu vizinho, ou com alguém que eu esbarrasse na rua. E foi por isso que eu gostei do livro, porque apesar do fato de eu ter odiado Ben e todas as situações da história, eu entendi a mensagem que a autora quis passar. A escrita da Tammy é perfeita, ela usa alguns métodos nas horas certas, para sentirmos a confusão do personagem. Eu só demorei pra ler esse livro por falta de tempo porque ele me prendeu, principalmente porque os capítulos são curtos tornando o vício de 'só até o próximo capítulo' ainda maior.

Se você quer ler um livro para fugir da realidade, então não leia, mas se você está cansado de ficções que mais parecem um conto de fadas e quer um break... aposte em Um Mundo Brilhante.