Imagine que pra cada vez que você falasse mal de uma pessoa,
você perdesse um dia de vida. Cada vez que você julgasse sem fundamentos, uma
semana. Cada vez que você odiasse alguém, um mês. E a cada agressão, verbal ou
física, um ano. Quanto tempo de vida você ainda tem?
Por causa dos outros, passei a medir minhas atitudes e lembrei
a mim mesma que eu já julguei, já odiei e já fofoquei, mas decidi que agora quero
viver em paz. Viver sabendo que dei a chance para as pessoas. Quero ter a consciência de que não às medi
sem antes conhecer profundamente e mesmo assim...
Queria MESMO que meus colegas de vida lessem isso e não
pensassem: “Af, indireta pra mim.” porque isso é MESMO uma indireta direta
porém, pra todos vocês. Também não quero que pensem “Nossa, mas ela é isso e
isso, não tem direito disso e disso.”. Apenas lembre-se que estamos aqui pra
aprender e que eu já errei e sou completamente imperfeita, mas nesse assunto,
em especial, estou me dedicando para mudar radicalmente a partir de HOJE (anota
a data aí).
Não é legal conviver todos os dias com pessoas que te medem
da cabeça aos pés, que tem uma imagem pré-conceituada e que nem te dão uma
oportunidade de reverter isso. Nunca se sentaram com você e perguntaram da sua
vida. Não sabem de “onde” você veio e o que te trouxe para o aqui e o agora. Não
sabem seus sofrimentos. Não sabem sua linha de pensamento...
Pré conceito tá no piloto automático do ser humano, mas
mudar a primeira impressão de algo ou alguém vai da vontade de cada um.
Você tem o direito de desgostar de quem quiser, mas imagina
que legal não perder tempo com isso? Ou então, imagina que legal tentar
entender porque seu santo não bate com fulano e pedir uma conversa pra conhecer
a trajetória dele? Você ganharia um “inimigo” a menos e quem sabe um amigo a
mais...
Dizem que ódio é gratuito, mas NÃO é! Lembre-se que: “Ódio é
o veneno que você toma querendo que o outro morra.” Eai, quanto tempo de vida
você ainda tem?
Esse é o primeiro livro em inglês que resenho aqui no blog, também é o primeiro que leio por diversão, os que já tinha lido foram a trabalho, mas já comecei com o pé direito. Imagina um livro com: romance, mistério, luto, problemas familiares e um pouco de mágica? Pois foi com essa composição de enredo que a Cecelia Ahern me surpreendeu em The Book Of Tomorrow. Ah! O livro já foi publicado no Brasil, pela editora Novo Conceito, com o título O Livro do Amanhã.
Tamara é uma jovem de 16 anos que encontrou seu pai morto no escritório. Agora ela tem que aceitar o suicídio e a perda de todo o império que ele construiu. Para uma garota mimada e acostumada com o luxo, será bem difícil se mudar com sua mãe para a casa de seus tios, em uma pacata cidade. Rosaleen e Arthur, os tios da jovem, são bem peculiares e causam curiosidade desde sua chegada.
“Sometimes when people offer a helping hand, it gets pushed away. People always want to help themselves first.” – pag. 10
Frustrada com a falta do que fazer, Tamara conhece Marcus e sua biblioteca ambulante e no meio de um romancezinho com o condutor da biblioteca, ela encontra um livro curioso, com um cadeado, mas sem sua respectiva chave. Ao conseguir ajuda de uma freira da vizinhança, ela abre o livro e descobre que suas folhas estão em branco, esperando serem preenchidas, como um diário. Mesmo um pouco relutante em escrever algo sobre sua vida, ela resolve tentar, achando paz nas ruínas de um antigo castelo próximo, abre seu novo diário para iniciar seus relatos porém, qual é sua surpresa quando o diário já foi preenchido com sua própria letra? E com a data do dia seguinte?
“It takes a lot not to say a lot, because when you’re not talking, you’re thinking, and he thinks a lot.” – pag. 18
Tamara tem em mãos algo mágico, um diário escrito por ela que lhe conta o próximo dia de sua vida. É algo bem maluco, sim! Claro que é! Mas os fatos escritos se tornam realidade e assim é possível que ela mude seu dia de amanhã. Tentando ajudar sua mãe a voltar ao normal e descobrindo mais sobre a vida de seus tios, tão misteriosos.
“Hope, like that, as I thought before, doesn’t make you a weak person. It’s hopelessness that makes you weak. Hope makes you stronger, because it brings with it a sense of reason. Not a reason for how or why they were taken from you, but a reason for you to live. Because it’s a maybe. A ‘maybe someday things won’t always be this shit.’ And that ‘maybe’ immediately makes the shittiness better.” – pag. 115
No começo, achei que era um livro que falaria sobre o luto da personagem e sobre a mudança de seu caráter, mas me surpreendi quando uma tonelada de mistérios começaram a aparecer. Quando estava quase na metade do livro, a curiosidade era tanta, que terminei o resto em um dia só e SIM! O livro cumpre suas promessas e correspondeu a todas as minhas expectativas. A história do castelo, o que está acontecendo com a mãe de Tamara, porque Rosaleen é tão possessiva, porque Arthur é tão quieto. Tudo isso tem uma explicação plausível e a mágica inserida no livro não parece nada absurda, eu quase acreditei que poderia acontecer de verdade.
“You shouldn’t try to spot everything from happening. Sometimes you’re supposed to feel awkward. Sometimes you’re supposed to be vulnerable in front of people. Sometimes it’s necessary because it’s all part of you getting to the next part of yourself, the next day.” – pag. 173
Eu recomendo The Book of Tomorrow pra leitores de qualquer gênero, essa mistura na composição de Cecelia Ahern deu mais do que certo. Eu to completamente apaixonada pela história. É o tipo de livro que me deixa órfã depois da leitura. Principalmente depois de um final surpreendente como aquele.
Ah! E sem querer dar spoilers nem nada, mas tem muuuuitas surpresas no romance desse livro. Você pensa que será uma coisa, mas Cecelia pode muito bem enganar o leitor.
Quando vi a resenha desse livro no blog do Luciano, eu tive certeza de que teria de ler, primeiro por se tratar sobre um assunto tão delicado como a crise de pânico e segundo por ser de autor brasileiro. Com muito prazer, aceitei o convite do autor Breno Melo para ler sua obra e resenhá-la aqui no blog. Confesso que devido ao assunto, a leitura foi difícil, me senti muito incomodada e experimentei os mesmos medos que a personagem. Tinha que deixar um pouco o livro de lado e distrair a cabeça antes de voltar a ler.
Marina é uma garota que sempre se dedicou muito aos estudos e agora que tem um namorado e entrou em uma das faculdades que queria, começa a ter ataques de pânico dos mais tensos. Com direito a gritos, falta de ar, sentimento de engasgamento, suor, entre outros sintomas relacionados ao medo.
No começo de tudo somos apresentados a uma menina normal que se esforçou na vida acadêmica inteira para estudar em uma boa faculdade, mas que no começo das aulas experimenta drogas com suas novas colegas de curso e vai parar no hospital com uma overdose. A história se passa no Paraguai e desde o começo o autor mostra como a personagem é cobrada por sua mãe em seus estudos, quase não tendo vida social. A garota tem um blog literário, gosta de tirar fotos e passear com seus cachorros, mas quando começa seus ataques de pânico, isola-se do mundo.
Para ajudar, seus ataques acompanhados de gritos ensurdecedores, transtornam todos ao seu redor, que não sabem o que está acontecendo e nem como lidar com a situação. Uma das primeiras pessoas a se afastar é seu terrível namorado Julio, que, assustado, a considera uma louca.
Breno Melo fez uma pesquisa impecável, nos apresentando tanto os sintomas, como conseqüências, curas e o modo como as pessoas ao redor devem lidar com um caso delicado como esse.
Eu mesma já sofri de pânico com coisas pequenas como multidões, e ver os sintomas ali descritos me acertou em cheio no peito, tive medo de sentir o pacote inteiro da Marina, sendo que o que já senti era realmente pequeno comparado ao caso dela. Foi assim que aprendi muito mais sobre a doença e me interessei enquanto morria de medo do que poderia vir nas próximas páginas.
Posso adiantar pra vocês que o livro tem final feliz e isso compensou todo o sofrimento que vivi durante a leitura. Parabenizo o autor por conseguir escrever exatamente como a personagem escreveria, já que o livro é narrado em primeira pessoa e agradeço a oportunidade de ler algo assim tão complexo de forma tão bem explicada e real.
Tá recomendado pra todo mundo, acho que essa é uma doença do nosso século, todos sofremos de ansiedade e, cada vez mais, é comum termos ataques de pânico. Ótimo mesmo é se informar sobre o assunto.
Supresinha pra vocês! Hoje o post vai ter um diferencial e tanto. Convidei uma das minhas autoras favoritas a contar um pouco mais sobre o processo de criação do mapa mágico de seu livro. Pois então, deixo vocês nas mãos de Laísa Couto, com um texto super legal que surgiu diante da minha curiosidade sobre o assunto. Se você ainda não leu Lagoena, vai terminar o post desejando. Corre e comprajá.
Então, quando vi seu mapa pronto me surgiu um bilhão de dúvidas sobre o processo de fazê-lo, então gostaria de saber tudo, desde o começo, quem veio primeiro, a história? o mapa? Como foi o processo de desenhá-lo, foi enquanto você escrevia ou depois que o livro tava pronto? Quais as dificuldades de criar um mundo completamente novo e passar o que está na sua mente para o papel, para que outros possam ter uma ideia melhor? Tipo isso entende? Como é feito, haha porque eu imagino que não deva ser nem um pouco fácil.
Há um pouco mais de um mês, Ágata Bresil, leitora de Lagoena e sempre apoiadora desse projeto desde os primórdios quando era uma série na internet, me propôs que eu falasse sobre o processo de criação do Mapa Mágico de Lagoena. Aceitei o convite e finalmente cá estou.
Quando comecei a pensar na história, em 2005, a ideia do mapa ainda estava meio distante. Nem me lembro de quando me “toquei” pra isso. Acho que em 2006 o mapa surgiu e amadureceu nos anos seguintes, ainda mais quando tive consciência da função dele para a história. Não era uma simples alegoria para enfeitar o livro, ele está presente do começo ao fim. E é o causador dos grandes conflitos.
A lembrança de histórias e filmes sobre tesouros escondidos por piratas e mapas que revelavam seu esconderijo foi o ponta pé inicial para criar o que hoje é o Mapa Mágico. Pensei em como uma simples folha de papel poderia conter tantos segredos que um dia poderiam ou não ser revelados. Outra referência que gosto de citar é o filme Jumanji (1995) com Robin Willians, sempre assistia quando passava na Sessão da Tarde. Jumanji é um jogo de tabuleiro, e seus jogadores, assim que avançam as etapas, passam por experiências desafiadoras e reais, eles vivem o jogo. Então, imaginei que o mapa de Lagoena poderia fazer essa “brincadeira”, interagindo com a realidade das personagens com enigmas e provas a cumprir, como um jogo. Falando em enigmas, estes foram criados com base no livro Alice no País das Maravilhas, sempre achei a história misteriosa e cheia de charadas, Lewis Carroll sabe brincar muito bem com isso. (Não pense que irá encontrar o Coelho eternamente atrasado ou o Chapeleiro Maluco em Lagoena).
Eu poderia ter desenhado o mapa em paralelo com a criação da história, mas nunca o fiz. Cheguei ao máximo rascunhar algumas tentativas nunca terminadas para eu não me perder durante o trajeto das personagens. Nunca tive a intenção de fazer um mapa para publicar junto com o livro. Mais tarde, acho que em 2011, desenhei um mapa para meu acervo pessoal, é quase a versão que temos no livro publicado pela Draco. Em 2013 ou início de 2014, Erick Santos, o editor, tinha gostado tanto do desenho que pediu para anexar ao livro, eu resolvi fazer outra versão mais cuidadosa. Encontrei um mapa da terra de Ozfeita para o filme O Poderoso Oz (ainda não descobrir o autor da ilustração) e fiquei encantada com os elementos em 3D. Fiz a segunda versão do Mapa Mágico de Lagoena no mesmo estilo, mas é claro que os mapas de Tolkien e d’As Crônicas de Nárnia também me inspiraram. Em janeiro tive a oportunidade de mostrar aos leitores o Mapa Mágico vetorizado, o trabalho de arte final foi de Nikos Lima.
Na época que a Ágata me pediu esse post eu tinha acabado de fazer uma oficina de stop motion no Maranhão na Tela, ministrada por Alexandre Juruena, ele já fez vários trabalhos com essa técnica, inclusive um vídeo clipe do Rappa da música Súplica Cearence, hoje ele trabalha na área de educação, dando aulas. Durante uma semana de intenso aprendizado, uma ideia foi amadurecendo na minha mente: “E se eu fizesse o booktrailer de Lagoena usando a técnica do stop motion?”. Bem, não era uma tarefa impossível, mas eu tinha consciência que seria trabalhosa. E ainda tinha o “porém” de eu não saber usar nenhum programa de edição avançando. Me virei com o Movie Maker.
Aproveitei o feriado de carnaval para fazer a parte mais complexa: o mapa. Imagina ter de fotografar traço por traço para obter o efeito que eu desejava (vocês vão ver no vídeo)? Para deixar a coisa ainda mais cansativa eu só tinha um tripé de mesa para a câmera, eu estava morta em três dias. Para desenhar o mapa eu tingi algumas folhas de papel “sulfite” tamanho A2 com café para dar um pouco do efeito envelhecido. Terminado essa etapa, comecei a pensar na introdução do vídeo, percebi que eu poderia retratar uma cena do livro usando a técnica pixelation, que é a animação com pessoas, usando a mesma premissa da fotografia, nessa parte contei com a ajuda da minha irmã como cobaia, ela fez as mãos com a luva de Rheita abrindo a caixa. O final do vídeo foi muito simples e rápido. Somando todas as imagens, fiz um pouco mais de 1.200 para um vídeo de 1 minuto e 25 segundos. Ah, e eu só comecei a fazer as fotos depois de ter uma trilha sonora compatível com o tema.
Como a Ágata havia me proposto esse post, nada seria melhor do que unir o útil ao agradável e mostrar para vocês em primeira mão o booktrailer de Lagoena – O Portal dos Desejos. Ela curtiu muito a ideia e espero que vocês também!
Obrigada pela oportunidade, Ágata!
A Laísa tem razão, eu realmente amei o booktrailer e fico cansada só de pensar no trabalhão que deve ter dado. Eu espero, de coração, que vocês tenham gostado do post e espero, mais ainda, que isso tenha despertado em vocês a curiosidade para ler o livro. Eu REALMENTE amo Lagoena, não é da boca pra fora, do contrário, eu não me dedicaria tanto a propagar sobre essa história maravilhosa. Muito obrigada Laísa, por nos doar informações e curiosidades sobre o processo de criação. Volte sempre ♥
E se os dias fossem mais longos? A proposta desse livro é, para mim, inédita, primeiro porque traz um foco diferente, algo que a autora chamou de “desaceleração”, que nada mais é que as nossas 24h diárias sendo esticadas para 28h, 30h, 32h... e assim por diante. A rotação da Terra está ficando mais lenta, prolongando os dias e mudando todo o ambiente terrestre, desde os pássaros caindo mortos do céu, até a mudança da gravidade, a síndrome que começa a se espalhar nas pessoas e a impossibilidade de cultivar alimentos.
O pânico logo se espalha e os moradores desse planeta decadente, começam a acumular mantimentos para sua sobrevivência, mas sobre ordens do governo, continuam a viver na hora do relógio, sendo assim, tem dias que amanhecem na escuridão e noites brancas, onde fica difícil dormir com o sol entrando pelas frestas da janela. Mas a maioria continua lutando por sua antiga rotina, enquanto outros são a favor do “tempo real” e acordam com o nascer do sol e ficam acordados durante toda parte clara do dia, que conforme a Terra vai diminuindo a velocidade, passa a ter 24h de claridade e 24h de escuridão, quando os adeptos do “tempo real” dormem.
“Mas acho que aquilo que preocupa mais nunca é o que acontece, no final das contas. As catástrofes reais são sempre diferentes – inimagináveis, desconhecidas, impossíveis de prever.” – pag. 28
Julia está na pré-adolescência, descobrindo o primeiro amor, sofrendo com a mudança nas amizades e com os problemas familiares. O que me surpreendeu foi, que, a autora, Karen Thompson Walker, de maneira delicada, mesclou imperceptivelmente os dois pontos importantes da história, sendo o primeiro a desaceleração da Terra e o segundo, a vida de uma garota cheia de conflitos. Com uma narração em primeira pessoa de uma Julia mais velha contando seu passado, de como foi a mudança do seu planeta e a de sua vida.
O único ponto da narrativa que não me agradou foi a constante insinuação de que algo iria acontecer no futuro, a autora sempre inseria frases que nos diziam que no futuro aconteceria algo que ela ainda não tinha contado, como por exemplo “Minha mãe estava cansada, mas como eu descobriria em breve, não era por causa do trabalho” ou “Caiu uma flor, mas tinha algo de assustador por trás, que só descobri um tempo depois” (nenhuma dessas frases são do livro, as inventei como exemplo). Essa promessa da revelação de algo, na minha opinião, foi uma maneira que a autora achou de inserir um mistério que ela não conseguiu de outra maneira e ficou frustrante para o leitor, não me incitava a ler para descobrir o que era, mas quebrava o clima do momento construído na cena, sendo que essas revelações poderiam ter sido apresentadas na situação correta, que dariam mais impacto do que com essas promessas que fazem o leitor criar uma expectativa que muitas vezes pode não ser preenchida.
O resto do livro é extremamente interessante e me prendeu tanto que quando eu voltava para minha vida real, tinha dificuldade de perceber que a Terra não tinha desacelerado e eu ainda tinha 24h diárias e nenhum minuto a mais que isso. Por isso, recomendo esse livro pra qualquer um que esteja aberto a uma reflexão sobre o nosso mundo e os perigos que podem nos esperar em um futuro não tão distante assim.
PS: Só pra vocês saberem que, em 2015, temos um segundo a mais. Será o início da desaceleração? Confira a matéria do G1.
Ainda não entendi se é esse mesmo o nome do livro ou se é A Pândega do Pônei! como diz na capa, mas enfim... estamos falando de Lemony Snicket e dar nó em nossa cabeça é dom natural pra ele. Qualquer que seja o nome desse livro, o que você tem que saber dele é que não é uma estória e sim uma reunião de documentos relacionados a estória dos Baudelaire e do próprio Snicket, o livro prometia responder a todas as perguntas que ficaram no ar em O Fim, mas... mais uma vez nada foi respondido.
Não aconselho ninguém a comprar a Autobiografia Não Autorizada, porque ele é apenas divertido por ter vários recortes, fotos aleatórias, cartas e códigos, mas nada que acrescente alguma coisa que já não saibamos das Desventuras e nada que chame muita atenção. Há menções a Edgar Allan Poe e os Irmãos Grimm. O atrativo da obra é mesmo todo o design, as cartas amassadas com palavras riscadas ou apagadas, as fotos tortas presas com adesivo ou clipe, os recortes de jornais ou livros que parecem mesmo terem sido arrancados às pressas... mas volto a repetir, eu não indicaria este livro nem para o maior fã das Desventuras.
Talvez uma criança se divertisse com A Pândega do Pônei! mas até acho que o livro é um pouco complexo para uma criança e muito tolo para um adolescente... admiro a criatividade de Lemony, só que... realmente, não tenho mais nada a dizer sobre mais essa decepção :(